Autores: Mônica Miyuki Takahashi, Juliana Cristina do Nascimento, Valter Luiz da Costa Junior, Luciane Maria Ribeiro Neto

RESUMO


A morbimortalidade prevenível relacionada ao medicamento é um problema frequente encontrado nos sistemas de saúde, tendo como uma das principais causas os erros de medicação. Dentre as causas que levam aos erros destaca-se a ilegibilidade das prescrições que compromete a interpretação correta do medicamento prescrito, dosagem e via de administração. Desta forma, objetivou-se verificar a ocorrência de prescrições ilegíveis em uma farmácia sem manipulação. Foi realizado um estudo observacional que avaliou 2.869 prescrições atendidas de 20 de março a 31 de agosto de 2017 em uma farmácia sem manipulação de um Centro Social da cidade de São Paulo. A análise de prescrições incidiu sobre receituários médicos e de outros profissionais da área da saúde, atendidos neste estabelecimento e foram primeiramente quantificadas e classificadas em manuais ou digitadas. Para categorização da ilegibilidade as prescrições foram avaliadas por um acadêmico de farmácia e por um farmacêutico, sendo que quando ambos consideraram comprometida a leitura da prescrição, esta foi considerada ilegível. Das 2.869 prescrições avaliadas, 52,4% eram manuais e 1,2 % apresentaram problema relacionado à legibilidade. Estas prescrições ilegíveis apresentaram até cinco medicamentos, sendo que 33,3% tinham apenas um medicamento prescrito e 11,1% cinco medicamentos. O problema relacionado à falta de legibilidade é relevante em razão da possibilidade de induzir ao erro ou confusão, bem como, por impossibilitar a dispensação, podendo assim, interromper ou alterar o processo de assistência ao paciente. Sendo assim, a implantação da prescrição eletrônica e a conscientização de profissionais de saúde e pacientes torna-se fundamental na diminuição de erros de medicação e consequente contribuição na segurança do paciente.

Palavras Chave: Medicamento. Erro de medicação. Legibilidade. Assistência ao paciente.

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